Telemedicina: esclarecemos 5 mitos para você
11 de outubro de 2016 Por TMEBR'
A telemedicina é a soma do que há de melhor em recursos de telecomunicações, tecnologia da informação e medicina. Ela viabiliza o atendimento médico de qualidade a todas as pessoas, independentemente de sua localização geográfica, além de possibilitar a atualização dos conhecimentos dos profissionais de medicina que trabalham em localidades remotas.
Antes de abordarmos os mitos que envolvem esta atividade, é importante dar uma breve explicação sobre os três segmentos de atuação da telemedicina:
Teleassistência
Consiste no atendimento médico do paciente à distância, esteja ele em um centro médico ou em sua residência. O médico local entra em contato com um especialista de outra localidade geográfica — por meio de recursos de teleconferência e de TI (sistemas, softwares/apps) — e juntos, prestam assistência ao paciente na realização do diagnóstico, na prescrição de tratamento e no acompanhamento da evolução do caso.
Teleducação
Trata-se da transmissão de conhecimentos atualizados de técnicas, protocolos e práticas médicas por meio de educação à distância via dispositivos tecnológicos, tais como smartphones, tablets e computadores.
Assim, os médicos que trabalham em localidades distantes dos grandes centros urbanos podem participar de palestras, videoconferências, programas de reciclagem e cursos diversos, sem terem que se deslocar e arcar com os custos decorrentes (viagem, hospedagem e etc.), precisando apenas ter disponível uma conexão com a internet de boa performance (banda larga).
Emissão de laudos médicos
Este segmento possibilita a análise e interpretação de exames médicos realizados em qualquer parte do Brasil e do mundo por um especialista médico, que será contatado por meio da internet e visualizará os exames em seu computador ou dispositivo móvel, tendo como suporte uma plataforma colaborativa de serviço para transmissão dos dados e registro do laudo, preservando sua segurança e sigilo.
Este serviço possibilita o acesso a especialidades médicas que estavam indisponíveis no local onde se encontra o paciente e garantem agilidade e segurança de estar realizando o diagnóstico preciso da sua situação de saúde, além de tornar o atendimento muito mais rápido e econômico.
Esclarecidos os três segmentos de atuação da telemedicina, vamos ao mitos. Um mito é uma noção ou interpretação incorreta ou imprecisa da realidade e que não tem qualquer fundamento; portanto, precisa ser esclarecido para desfazer todo e qualquer mal-entendido.
E aí? Está curioso em saber quais mitos povoam as mentes em relação à telemedicina? Fique ligado em cada trecho deste post para conhecê-los e desbancá-los:
Mitos da telemedicina
1. Os níveis de segurança da telemedicina são questionáveis
As informações médicas, imagens e diagnósticos de um paciente são sigilosos e confidenciais na medicina convencional, assim como na telemedicina.
Sobre o aspecto técnico, os fornecedores dos sistemas e plataformas informatizadas e dos equipamentos médicos da telemedicina utilizam recursos como protocolos técnicos e outros mecanismos de segurança (VPN, IPSec, criptografia, login e senha e etc.) para a transmissão de dados e estão obrigados a atenderem às normas éticas da Associação Médica Mundial, aos regulamentos dos Conselhos Federal e Regionais de Medicina e à legislação brasileira que trata desta matéria.
Em relação ao aspecto profissional, o médico local e o médico que presta atendimento ou emite laudo à distância são comprometidos em garantir que as informações compartilhadas sejam suficientes, as imagens sejam de boa qualidade técnica (alta resolução) e todos os exames estejam acessíveis e legíveis. Isso garante condições adequadas de segurança para o diagnóstico, a prescrição de tratamento e a emissão de laudos médicos com total respeito aos critérios éticos e legais da profissão.
2. A telemedicina tem abrangência restrita
Muito pelo contrário! A telemedicina abrange as seguintes áreas médicas: cardiologia, neurologia, radiologia, oncologia, patologia e oftalmologia e já está alcançando outros profissionais de saúde, como os da enfermagem.
3. É pouco utilizada no Brasil
O Ministério da Saúde tem firmado parceria com várias universidades no território nacional para viabilizar o Programa Nacional de Telessaúde — Brasil Redes, do qual a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) é uma forte parceira, o que demonstra a potencialidade da telemedicina.
Até mesmo grandes hospitais, como o Albert Einstein, têm investido em telemedicina para apoiar instituições de saúde que não dispõem de toda a estrutura lá existente.
4. É benéfica somente para a clínica
É benéfica para a clínica, para o médico, para o paciente e seus familiares. A clínica passa a contar com serviços especializados mesmo que não tenha seu quadro médico completo e sem ter que assumir os custos trabalhistas envolvidos.
Já o paciente conta com o atendimento do especialista necessário, no momento exato e com custo reduzido, sem ter os inconvenientes de ter que se deslocar até o local onde o médico está fisicamente, especialmente se estiver requerendo atendimento intensivo de saúde.
Algumas clínicas e hospitais oferecem acesso online ao prontuário do paciente para seus familiares, concedendo-lhes o benefício de acompanharem o andamento do tratamento à distância.
O médico que interage com outro especialista enriquece sua bagagem de conhecimentos e ganha mais experiência com a troca de informações e a obtenção de opiniões complementares à sua.
5. A telemedicina é muito cara
À medida em que os recursos de TI e telecomunicações vão se desenvolvendo, se aprimorando e ficando mais acessíveis financeiramente, a telemedicina tende a se tornar mais difundida em todo o território brasileiro. Mesmo assim, seus custos atuais são baixos em relação aos inúmeros benefícios e economias de escala que são gerados.
Hoje em dia, já é possível fazer a locação ou comodato de alguns dos equipamentos de telemedicina e pagar pelos laudos sob demanda, sem qualquer obrigatoriedade de ter uma cota mínima de serviços, o que demonstra que as barreiras financeiras estão sendo jogadas por terra.
Percebeu como esses mitos não fazem qualquer sentido? A telemedicina é um avanço nos serviços de atenção à saúde e na formação continuada dos profissionais médicos, além de contribuir efetivamente para salvar muitas vidas, encurtar distâncias e ampliar as oportunidades de tratamento especializado para os pacientes.
Quer saber mais sobre esse assunto? Então entre em contato com a TME — Telemedicina Cardiológica! Estamos à disposição!