Entenda a diferença entre clínica e consultório
05 de abril de 2021 Por Paulo Miranda Filho'
Concluir a residência médica é um grande passo para quem deseja seguir uma carreira na medicina. Nessa etapa, muitas barreiras e desafios foram vencidos, e o sonho de se tornar médico está muito próximo. Mas esse momento também é cheio de dúvidas em relação ao caminho a ser seguido. Um dos questionamentos mais frequentes é sobre a diferença entre clínica e consultório, e quais as vantagens e desvantagens de cada escolha.
Afinal, é melhor abrir um consultório, trabalhar em uma clínica já consagrada, tentar um concurso público ou fazer parte da equipe de um centro médico?
Tantas opções podem acabar confundindo a cabeça do futuro profissional. Além disso, há a pressão de um mercado cada vez mais concorrido, o que muitas vezes faz com que o profissional não tenha tempo nem de refletir a respeito das suas opções. Muitos nem sabem quais são as diferenças entre as formas de atuação.
Neste artigo, explicamos as principais diferenças entre esses caminhos e te ajudamos a escolher. Continue a leitura e confira.
Clínica ou consultório: qual escolher?
Em uma olhada rápida para os estabelecimentos de saúde existentes, não é difícil encontrar alguns lugares usando as nomenclaturas erradas. Por mais que usar um termo errado não interfira no serviço em si, é importante usar o nome correto para não confundir os pacientes a respeito do serviço prestado. Por isso, é fundamental que o profissional se atente aos detalhes na hora de registrar o nome oficial da sua clínica ou consultório.
O primeiro passo é saber qual trabalho você quer desempenhar no seu estabelecimento. Isso irá te guiar. Ao saber os serviços que você está oferecendo, com entendimento das definições, fica mais fácil registrar o seu estabelecimento da forma correta.
Contudo, se você ainda não está certo dos serviços que pretende oferecer, saber a diferença entre clínica e consultório te ajudará na hora de finalmente bater o martelo. Confira a seguir.
O que é um consultório?
Assim como o próprio nome diz, o consultório é o lugar destinado às consultas médicas. Ou seja, não há a necessidade de ter equipamentos grandes, nem salas cirúrgicas ou de tratamento.
Normalmente, a equipe de trabalho nos consultórios também é menor. No estabelecimento, costumam trabalhar apenas o médico e uma ou duas secretárias que serão responsáveis por organizar a agenda, o cadastro dos pacientes, além de questões administrativas e financeiras.
Embora o consultório seja menor, a vantagem desse tipo de estabelecimento é o seu processo de abertura. Ele é prático e sem burocracias. Até porque, para abrir um consultório, não há exigência de um CNPJ.
Por conta disso, é comum que médicos dividam o aluguel de um imóvel com várias salas para montarem seus consultórios e reduzirem custos. Dessa forma, cada profissional tem independência e atende em sua própria sala.
Em termos práticos, podemos ver esse tipo de estabelecimento com consultórios de nutricionistas, neurologistas e clínicos gerais. No consultório, raramente o profissional terá equipamentos disponíveis para a realização de exames. Por isso, os profissionais que optam por consultórios geralmente solicitam ao paciente que eles façam os exames em uma clínica especializada.
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O que é uma clínica?
Para um estabelecimento de saúde ser considerado uma clínica, ele deve oferecer mais do que consultas ao paciente. A principal característica da clínica é oferecer vários serviços médicos no mesmo lugar.
Do ponto de vista do paciente, as clínicas são mais úteis e práticas do que os consultórios. Isso porque, nos consultórios, os pacientes podem ser encaminhados para outro lugar para consultarem outros especialistas ou realizarem exames complementares. Enquanto isso, na clínica, eles já contam com todos os serviços no mesmo lugar.
Quando o profissional opta por abrir uma clínica, ele precisa de um CNPJ para legalizar seu negócio. Além dessa burocracia, a estrutura, os equipamentos e profissionais precisam estar dentro das normas exigidas para esse tipo de estabelecimento. Cumprir todos esses requisitos demanda mais tempo do profissional de saúde até que o processo esteja finalizado legalmente.
Alguns exemplos comuns desse tipo de estabelecimento são as clínicas de cardiologia, odontologia e oftalmologia. Elas são as mais comuns no país porque têm uma demanda maior pela população. Além de também dependerem de exames, laudos e tratamentos imediatos.
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Diferença entre clínica e consultório: qual precisa de CNES?
Independentemente de o estabelecimento ser uma clínica ou um consultório, os dois precisam estar registrados pelo Centro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Além disso, o profissional deve apresentar toda a documentação exigida para atestar sua capacidade de prestar serviços médicos para a sociedade.
O registro é um dos passos mais importantes para que o seu futuro negócio, seja ele uma clínica ou um consultório, funcione. Por isso, é recomendável colocar essa etapa na lista de prioridades.
No campo jurídico, além do CNES, existem outras diferenças entre clínicas e consultórios. Isso porque, para conseguir fazer determinadas atividades, é necessário estar regularizado com os órgãos de fiscalização, além de responder a diversas obrigações.
As diferenças vão desde a maneira de contratação dos funcionários até a forma como se investe e administra o capital, além de como as demandas judiciais são respondidas.
Ficou clara a diferença entre clínica e consultório? Já decidiu qual caminho faz mais sentido para a sua carreira? Continue acompanhando nossos conteúdos pelo Instagram e Facebook e leia mais dicas de gestão para iniciar seu negócio na área da saúde.